terça-feira, janeiro 24, 2012

Na Palma Da Mão: Cap. 5

Não sei se tinha falado, mas estava querendo colocar um capítulo a mais hoje. Então aqui está! Acho que amanhã vou fazer uma recapitulação dos outros, para não ter que ficar colocando aqui sempre, sabe de cinco em cinco então eu coloco em um post só. Então boa leitura.


Borboletas

            - Você não tem idade para dirigir. – ela disse.
            - E você acha que alguém aqui nota isso? Moramos no fim do mundo.
Na cidade todos agiam “fora da lei”. Ruan estava entre os muitos jovens que andavam sem carteira de motorista e com o apoio do pai.
Ele estava levando ela para matar aula, logo ele que ela pensou que fosse nerd, aqueles certinhos e tal. Mas essa tinha sido a idéia repentina dele. Mas para onde ele a estava levando?
            - Onde vamos? – já estavam passando da extremidade da cidade, a última casa já havia passado. Vick nunca fora além dali.
            - Já estamos chegando.
Pararam em um campo lindo, totalmente florido e emanava uma tranqüilidade instantânea.  Tinha muita vida ali, notara Vick. Não apenas as flores que pareciam ser bem cuidadas, mas ela podia sentir os animais e os insetos. Várias borboletas circulavam no local, pareciam dançar.
Ele deixou que ela aproveitasse o lugar. Ela olhava maravilhada cada folha, cada assovio de pássaros. Seus olhos brilhavam e pela primeira vez em dias ela estava sorrindo.
            - Que lugar incrível!
Ele seguia cada passo dela. Quando ela parou de frente para uma flor e se virou repentinamente cambaleando ao se esbarrar nele. Ele a segurou pela cintura para que ela não caísse.
            - Queria ser como elas, as borboletas. Não são lindas? – ela disse ainda encantada.
            - Não mais que você – ele estava enfeitiçado com aqueles olhos azuis – Queria ser uma borboleta também, para sentir o aroma das rosas e ganhar esse sorriso lindo de brinde.
Ela sorriu novamente corando de vergonha. Por um segundo pensou que estava sonhando com Ruan, o garoto que ela passava horas pensando estava ali, e era real.
            - Melhor irmos – disse ela tentando se afastar das gentis mãos dele.
            - É, é melhor irmos.
Mas os dois não se moviam. Ficaram parados fitando um ao outro, tentando resistir ao desejo que sentiam um pelo outro. Quando finalmente a parede pareceu ter sido quebrada e ele firmou seu corpo ao dela e lhe deu um beijo. Ambos esperavam por aquele momento, mas por algum motivo sentiram-se envergonhados quando se separaram.
            - Melhor irmos – repetiu ela faltando-lhe oxigênio para falar aquelas poucas palavras.
Pareceram segundos, mas foram horas. Ela estava atrasada para o seu horário de trabalho e ele também.
Foi um bom motivo para se atrasar, pensou ela quando se sentou em sua mesa e sorrindo começou a trabalhar.

1 comentários:

Viviane Cândido disse...

a história esta cada vez melhor...
Super legal. :D

beijinhos

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