Havia três dias e Vick continuava presa, Jorge não desgrudava um
segundo da menina.
- Ora Jorge, vá cuidar da sua funerária.
- Eu não queria, mas tenho que dar notícias para o meu filho.
- Vá Jorge, vá.
Estela estava arrependida, ela queria conversar com sua filha por
isso era tão importante que ele saísse. Ela nunca se perdoaria se não soubesse
a verdade, se não escutasse dela. Quando ele saiu ela já foi rápida:
- Vick! É verdade o que disse, você não mata porque quer.
- Eu tinha dito isso para você, arde muito.
- Você precisa sair daqui.
- Não posso, estou amarrada – ela disse levantando os braços
amarrados com um bom nó.
- Eu te solto.
Estela tentava sem sucesso soltar os braços, como ela livraria a
filha?
Uma tesoura seria bom, mas estava longe, ela sabia que ali perto
teria uma faca das ferramentas do seu marido. Mas Heitor era muito organizado
com suas coisas, ela encontraria se não fosse o desespero e as lágrimas que caiam
e faziam ela enxergar com dificuldade.
- Procurando por isso? – disse Jorge surpreendendo-as com um facão
na mão.
Estela se calou, mas Vick não fez o mesmo.
- Jorge você não pode fazer isso. – sim ele iria matar Estela, ela
sabia ela podia sentir que algo muito ruim estava por vir, sua mão já ardia,
ardia como se fosse cair. – Corre mãe!
- Mas e você? – ela disse arremessando objetos em Jorge.
- Não se preocupe comigo. Corra! – ela gritou já desesperada
soltando as cordas do braço e subindo em Jorge o imobilizando, mas ainda tinha
a faca.
Estela correu, correu muito. Ela foi para a rodoviária, retirou o
dinheiro do caixa eletrônico e pegou o primeiro ônibus que viu, ela não sabia o
que fazer, mas precisava falar com Heitor, ele tinha que salvar a filha.
Continua...
1 comentários:
A história fica cada vez melhor! Super gostando.
beijinhos
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