quinta-feira, janeiro 19, 2012

Na Palma Da Mão: Cap. 2

O capítulo de hoje está bem levinho, bem levinho e curto. Espero que gostem e comentem. Adinhantando, amanhã terá surpresas, boas.
E para quem ainda não leu o primeiro capítulo clique AQUI

Escolhas

Victória se levantou do chão e fora para o seu quarto tão cheia de si, tão cheia de motivação. Ela tinha em algum lugar o caderno com todos os nomes que apareceram em sua mão ao longo dos anos. Mas onde estava esse caderno agora que ela precisava?
- Vick? - era seu pai batendo na porta.
- Entra pai.
- Acho que você deixou isso na sala.
Era o caderno dela. Mesmo nas mãos grandes de seu pai dava para ver o couro da capa desgastado pelo tempo.
- Por que tem esses nomes aqui Vick? Por que você anota isso?
Os olhos de seu pai se abriram em suspeita. Como ela poderia contar a ele a verdade sobre os nomes? Se nem ela entendia como ele poderia entender? Mas não havia saída a não ser contar, ela não podia mentir para o próprio pai. Lágrimas começavam a correr por sua face, ela cobriu o rosto com a mão. Seu pai também chorava, todos estavam sofrendo, era complicado.
- Não quis fazer isso papai não quis. - ela olhou para ele com dificuldade - Por mais que queime não vou mais deixar ninguém morrer - ela fizera a escolha só havia duas alternativas e a vida era em primeiro lugar.

Aquela pequena conversa com o pai a fez perceber o quanto podia ter salvado se não tivesse lavado sua mão todas as vezes.
E só tinha uma forma de salvá-las.
Quando ela era pequena, após a morte de Billy, ela adotou uma pequena borboleta que deu o nome de Rosa, por causa das asas dela que tinha uma mescla de vários tons de rosa. Rosa estava sendo perseguida por um gato há semanas, o nome da borboleta também apareceu na mão dela e após três dias o gato retirou as asas dela e logo depois ela se foi.
Ela resolveu adotar outro inseto, talvez ela pudesse testar, pensou. A primeira coisa que veio a sua mente foi uma formiga, no quintal tinha várias delas, e uma aranha para ser o caçador, essa que também seria encontrada na casinha de equipamentos do seu pai. A pobre formiga estava recebendo sua sentença de morte ao entrar na caixinha de vidro que Vick preparou para ela com alguns grânulos de açúcar.
- Desculpe, mas preciso fazer isso Preta, esse será seu nome.
Em uma outra caixa estava a aranha, ela trocou a caixa de Preta por uma rede que a aranha facilmente cortaria.
Na mesma noite o nome de Preta apareceu queimando em sua mão, mas isso não a impediu. O nome ficou três dias e a aranha nada avançava, pelo contrário a aranha havia se embolado na própria teia enquanto Preta comia os grânulos de açúcar que ainda restavam.
O nome sumiu a aranha acabou presa e morta na própria teia. Estava confirmado, se ela não lavasse os outros teria dado chance assim como para a formiga.
E Heloísa.
Heloísa podia estar viva, seus pais não estariam sofrendo e ela só teria sentido dores por três dias.
Três dias.
- Ninguém mais morrerá por minha causa.

Continua...

2 comentários:

Viviane Cândido disse...

Super, super adorei raquel!
fiquei mais curiosa ainda...contando as horas para chegar amanha e ler a continuação.

beijinhos

Raquel Jacobina disse...

Que bom que está gostando, senão eu seria demitida hahaha
Beijinhos

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