terça-feira, fevereiro 28, 2012

Na Palma Da Mão: Cap. 17

Descobertas
            - O que estou fazendo aqui? – Vick disse ao acordar amarrada a uma cadeira.
            - Bom dia querida, dormiu bem? – disse Estela.
            Vick havia passado a tarde, e a noite amarrada em uma desconfortável cadeira. Ruan até voltou mais seu pai deu um jeito de fazê-lo ir embora.
            - Dormi sim senhora. Que horas são e... que lugar é esse? – Vick não queria mostrar que estava assustada, seu forte sempre foi dar a volta por cima, essa situação não seria diferente.
            - São nove horas bela adormecida e estamos na casa de ferramentas do papai.
            - Eu tenho que trabalhar o que estou fazendo aqui?
            - Você está aprendendo a não brincar com vida e morte queridinha – respondeu Jorge amordaçando a garota.
            Ele saiu marchando até a porta deixando a menina com os olhos vermelhos e sua mãe a correr atrás dele.
            - A garota fala demais. Onde estará o Joaquim agora?
            - Olha a pamonha, olha a pamonha. Tem de doce, tem de sal. Tem de açúcar e cristal. Tem pra Páscoa e pro Natal.
            - Chegou! Chegou!
            - Cala a boca mulher. Como ele não chegaria, ele é seu vizinho. Alguém aqui compra essa pamonha nojenta?
            - Só a Dona Maria, ali depois da curva.
            - Ótimo.
            Ele entrou correndo outra vez. Vick já estava com a mão balançando, mas quando viu o viu entrar parou de tanto susto, a ardência já não importava diante daquele homem grande e misterioso. Jorge desamarrou a menina, e pegou sua mão.
            - Como você escreveu esse nome aqui?
            - Eu não escrevi. Ele surg... – deveria dizer? Ela pensou e se calou na mesma hora.
            - Surgiu?! Como surgiu?
            - Lava. – disse Estela surgindo do nada.
            - Não, não – Vick começou a se balançar na cadeira puxando a mão – não pode fazer isso. Você não pode fazer isso.
            - Jorge pegou uma esponja e um sabão de soda e esfregou na mão dela, a água escorreu levando consigo o nome de Joaquim. Logo ouviram uma batida de carro, sirenes e pessoas gritando.
            - Você não mata as pessoas, você escolhe se elas morreram ou não – disse Jorge surpreso e feliz pela descoberta do tesouro da funerária.
            - Então você não matou sua irmã porque quis como você disse. – Estela estava sem saber o que falar ou fazer. Sua filha estava amarrada injustamente, chorando e vermelha por causa dela que a expulsou de casa por achar que ela havia matado Heloísa por egoísmo. E agora? Ela pensou.

Continua...


2 comentários:

Viviane Cândido disse...

ah, que ruim que o Joaquim morreu por causa desses dois, mais que bom que a mãe dela descobriu a verdade! =D

Aguardo MEGA ansiosa os próximos cap.

Beijinhos, Quel!

Raquel Jacobina disse...

Éh uma pena mesmo, o Joaquim era um homem trabalhador rsrs

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