- O que estou fazendo aqui? – Vick disse ao acordar amarrada a uma cadeira.
- Bom dia querida, dormiu bem? – disse Estela.
Vick havia passado a tarde, e a noite amarrada em uma desconfortável cadeira. Ruan até voltou mais seu pai deu um jeito de fazê-lo ir embora.
- Dormi sim senhora. Que horas são e... que lugar é esse? – Vick não queria mostrar que estava assustada, seu forte sempre foi dar a volta por cima, essa situação não seria diferente.
- São nove horas bela adormecida e estamos na casa de ferramentas do papai.
- Eu tenho que trabalhar o que estou fazendo aqui?
- Você está aprendendo a não brincar com vida e morte queridinha – respondeu Jorge amordaçando a garota.
Ele saiu marchando até a porta deixando a menina com os olhos vermelhos e sua mãe a correr atrás dele.
- A garota fala demais. Onde estará o Joaquim agora?
- Olha a pamonha, olha a pamonha. Tem de doce, tem de sal. Tem de açúcar e cristal. Tem pra Páscoa e pro Natal.
- Chegou! Chegou!
- Cala a boca mulher. Como ele não chegaria, ele é seu vizinho. Alguém aqui compra essa pamonha nojenta?
- Só a Dona Maria, ali depois da curva.
- Ótimo.
Ele entrou correndo outra vez. Vick já estava com a mão balançando, mas quando viu o viu entrar parou de tanto susto, a ardência já não importava diante daquele homem grande e misterioso. Jorge desamarrou a menina, e pegou sua mão.
- Como você escreveu esse nome aqui?
- Eu não escrevi. Ele surg... – deveria dizer? Ela pensou e se calou na mesma hora.
- Surgiu?! Como surgiu?
- Lava. – disse Estela surgindo do nada.
- Não, não – Vick começou a se balançar na cadeira puxando a mão – não pode fazer isso. Você não pode fazer isso.
- Jorge pegou uma esponja e um sabão de soda e esfregou na mão dela, a água escorreu levando consigo o nome de Joaquim. Logo ouviram uma batida de carro, sirenes e pessoas gritando.
- Você não mata as pessoas, você escolhe se elas morreram ou não – disse Jorge surpreso e feliz pela descoberta do tesouro da funerária.
- Então você não matou sua irmã porque quis como você disse. – Estela estava sem saber o que falar ou fazer. Sua filha estava amarrada injustamente, chorando e vermelha por causa dela que a expulsou de casa por achar que ela havia matado Heloísa por egoísmo. E agora? Ela pensou.
Continua...
2 comentários:
ah, que ruim que o Joaquim morreu por causa desses dois, mais que bom que a mãe dela descobriu a verdade! =D
Aguardo MEGA ansiosa os próximos cap.
Beijinhos, Quel!
Éh uma pena mesmo, o Joaquim era um homem trabalhador rsrs
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beijos e voltem sempre!