terça-feira, janeiro 24, 2012

Na Palma Da Mão: Cap. 4

Olá pesople! Eu estava ansiosa para postar mais um capítulo, ia colocar antes do calendário, mas tive que dar uma atualizada nos outros blogs. Mas bem aqui estamos, acho que ainda hoje posto o capítulo cinco, só que mais tarde.
Cap. 1
Cap.2
Cap. 3

Destino

   - Estela, ela não fez nada. Tenho certeza que ela não queria.
Heitor contara a mulher a confissão de Victória, mas Estela estava brava e ela tinha achado a culpada para isso.  Sua própria filha. Heloísa morrera por causa da irmã. E ninguém tiraria isso da cabeça de Estela.
   - Mãe, pai. Tenho que contar uma coisa para vocês.
Estela encarava a filha. Heitor observava com cautela. Ele achava que a filha mexia com magia. Talvez a magia do caderninho, talvez. Mas não era, era tudo muito diferente do que ele imaginava.
   - Mas filha você já me contou, já me disse que é tudo pelo caderninho.
   - Não tem nada a ver com o caderninho. O caderninho é só um... caderninho.  – ela fez uma pausa. – Vocês se lembram quando me deram o Billy e eu disse que minha mão estava com alguma coisa, mas vocês disseram que não era nada? – eles assentiram – Pois bem, tinha um nome na minha mão, o nome de Billy e ardia muito, assim como todos os outros do caderno. Descobri que por algum motivo eu tenho em mãos a vida das pessoas e se eu lavo ela morrem , mas se deixo arder elas vivem.
  - Então você não faz por querer? – perguntou Heitor com uma pequena dúvida.
  - Claro que não, eu não...
  -Então você simplesmente lavou a sua irmã? – desafiou Estela.
Heitor parecia ter entendido, enquanto a mãe continuava chocada, mas estava com uma lábia enorme. Por mais que Vick provasse o contrário ela não acreditaria. Victória matou Heloísa, era a única coisa que ela conseguia pensar.
   -Vá embora daqui sua assassina – gritou ela.
   - O que está falando? – perguntou Heitor segurando o braço da esposa.
   - Quero ela fora da minha casa.

 Após ser expulsa de casa, Heitor levou ela a um antigo conjugado onde ele morava antes de se casar, tudo isso escondido da mulher que permanecia furiosa. Heitor prometeu ajudar a filha, mas ela negou, no fundo sabia que isso não acabaria bem e melhor seria se virar sozinha.
Agora lá estava ela, sozinha naquele conjugado, cheia de malas, caixas e dúvidas. E se eu não tivesse contado... E se eu não tivesse esse “dom”... E se... E se.
O lugar era aconchegante, paredes todas brancas com moveis marrons, o quarto era o único lugar colorido sendo completamente contrário ao resto da casa, paredes azuis, o lençóis que ela forraria eram azuis também. Aos poucos ela deixou o lugar de um jeito que se sentisse bem. Se isso fosse possível.
Só de pensar que ela havia guardado o seu segredo desde pequena e em apenas um final de semana tudo foi para os ares. Sua vida tomara um rumo inesperado e ela sentia que iria ser assim daqui para frente.
O caderno de nomes ainda estava com ela. Todas as noites ela se martirizava lendo e relendo cada um, lembrando como essa pessoa havia morrido. Para ela esse era o preço por ter matado cada um.

 Quanto mais o tempo passava, mais aumentava as bolsas abaixo dos olhos de Vick. Ela passava a maior parte do dia chorando, tirando apenas a hora que estava na escola ou no trabalho.
As pessoas já não a olhavam com ar assustadas, mas com pena. Ela ficava imaginando, se um dia sua mãe contasse seu segredo como eles a olhariam?
Seu pai todos os dias ligava, ele falava sussurrando e dava para notar que estava escondido no banheiro. Queria ajudá-la, confortá-la. Só queria que ela soubesse que tinha alguém em que confiar. Mas ela não queria vê-lo contrariar sua mãe.
Os dias que se passaram foram mais complicados, não pelas dores dos nomes, pois não apareceu nenhum. Mas porque agora ela estava sozinha, e apesar de já ter se sentido assim outras vezes aquela era diferente. Ela realmente estava só.
      - Nossa como está péssima! – todos diziam quando ela passava.
      - Victória quer tomar um suco comigo? – Ruan sentia que podia e precisava estar com ela agora. Ele era o mais próximo de amizade que ela tinha. E como ela podia recusar um convite desses? Quando deu por si estava sentada no gramado da escola com ele ao seu lado. Ombro com ombro. – Você não precisa fingir que está forte.
       - Não estou fingindo que estou forte.
       - Caramba Vick, você já parou para olhar no espelho? Você é linda e está destruindo a si mesma. – ela paralisou, ele a achava bonita – Todos os dias escuto você aos soluços no andar de cima.
       - Hã? No andar de cima? – ela nunca notara.
     - Se mudou para o conjugado acima do meu. Somos vizinhos.
       - Eu não sabia
       - Acho que você está precisando sair.   

4 comentários:

Viviane Cândido disse...

Nossa!!! a cada capitulo a história fica melhor.
Estou amandoooo... :D
Aguardando os proximos capitulos.

Beijinhos

Anônimo disse...

Estou adorando essa história... Muiitooo boa mesmo :D
já estou viciada...rsrsrs
Bjus e estou a espera de mais capitulos

Raquel Jacobina disse...

Que bom que está gostando.
Beijinhos

Raquel Jacobina disse...

Ai que bom saber disso, espero não deceocionar.
Beijo

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